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terça-feira, fevereiro 02, 2010

Intransigência, opinião e arbitragem

Concordo com o comentário do Hélvio postado no artigo do Feck, Vaca Amarela...
Uma posição tomada só vira uma intransigência quando não há a intenção de um dos lados em esclarescer o lance. Ouvir a posição contrária é fundamental, do contrário a intransigência de um levará a intransigência do outro. O anormal, entre pessoas de personalidade, que é (?) o caso dos Forasteiros, é o de ficar se curvando a toda hora a decisões consideradas erradas e injustas.
Um lance polêmico só se transforma num problema por algumas coisas básicas:
- Opinião de quem não viu o lance. O cara tá longe, não viu o lance de forma clara, não tem como ter certeza, mas opina assim mesmo. Ou para levar vantagem ou não sei o por que. Talvez até prá se contrapor à outro que tinha a mesma visão dele.
- Opinião deixada de ser dada por alguém que viu, mas que fica quieto para levar vantagem ou não querer se comprometer (como se não se comprometer não fosse uma maneira de se comprometer), que convenhamos, é uma atitudezinha silenciosa que é mais "barulhenta" do que a causada pela discussão, pois ela poderia evitá-la.
No caso jogo de 6ª feira, só poderia opinar sobre a entrada da bola no lance do Eduardo quem viu o lance com clareza. No caso, o próprio Eduardo e talvez o Celso. E ambos tiveram dúvidas, ficando só com a impressão de não ter entrado. Quem estava, como eu, com a visão encoberta, não tinha como opinar com certeza sobre o lance. Neste caso, eu tenho é que me calar e esperar que os que viram, se viram, definam o lance. Infelizmente não foi o que ocorreu. Quem definiu e decidiu que era gol não tinha como saber com certeza. Estava prá lá de Bagdá.
Não querer que o gol que saiu da bola batida do meio da quadra no reinício de jogo gerasse protesto, com o Eduardo distraído enquanto o Maninho estava fora da quadra e o Beto e mais um no semi-círculo de costas pro lance, é brincadeira. O protesto, neste caso, foi uma reação normal e legal. O que não foi legal nem normal, foi a gritaria utilizada como argumento para validar o lance. Os de memória mais curta deveriam se lembrar do jogo de Sapucaia, onde, com todo mundo atento e o início do jogo autorizado, a bola foi batida e o gol feito. Valeu? Não! Por que? O goleiro ainda estava colocando as luvas. Ok? Acho que não, pois todos estavam ligados e cientes de que o jogo iria iníciar.
No 3º lance desta 6ª, o do pênalti, eu me considero como uma testemunha previligiada do lance, pois ele aconteceu na minha frente, que tinha a visão clara de toda a área. Alguém do nosso time recebeu a bola pela extrema direita,já bem próximo ao lado lateral da área, e bateu. O Ademar, que estava no centro da área, um pouco mais para o seu lado esquerdo, se dirigiu para o lance tentando evitar o chute. O chute saiu enquanto ele se deslocava em direção ao adversário. A bola saiu em direção ao gol, subindo um pouco, passou pelo lado da perna e foi bater na mão/braço esticado para trás. No momento do toque ele estava ainda, não só com o braço, mas com os dois pés dentro da área (os pés, mais ou menos uns 30 cm., as mãos aproximadamente 1 m.) Na sequência do movimento, ele acabou parando mais ou menos uns 30 centímetros fora da área, local onde alega ter batido a bola. Não foi o caso, mas, mesmo que assim fôsse, a bola teria batido no braço esticado para trás, dentro da área e seria pênalti. Não bastasse o visual, o próprio movimento prova que seria impossível a bola ter batido nele no local onde ele parou. Como é impossível alguém sentado, como foi o caso do Foguinho, opinar sobre o lance que ele não tinha como ver. Sentem lá e procurem ver se dá para visualizar com clareza os limites da área. Isto sem considerar a velocidade do lance, a (não) atenção aos limites da área e gente atrapalhando a visão.
Neste lance, acredito que mais gente viu com clareza o pênalti e poderia, se tivesse opinado, evitado a discussão. Aí sim era hora de falar, e não na incerteza. Ficar dizendo depois que só os fulanos bagunçam o jogo por quererem apitar, que ficam quietos para evitar uma discussão, não é só balela, mas uma maneira de apitar (apitar sim) e de incentivar a discussão.
Descontando os lances que seriam duvidosos mesmo com replays de "mil" câmeras, o que falta nestes lances meus amigos, se não de todos nós, ao menos da maioria, é um pouco mais de calma, comprometimento e honestidade na hora de opinar. A discussão e a gritaria são consequência. Não causa.

No mais, já me desculpei com o Ademar, de quem tenho a maior consideração e apreço, e recebi pedidos de desculpas. Resta pedir desculpas ao demais amigos e dizer que percebo que todos, como eu, estão comprometidos em fazer força para evitar ao máximo que situações como estas, que atribuo como normais, se repitam cada vez mais com menos frequência.
Quanto aos espectadores, desculpem pelos exageros. Agora, tirando fora os exageros, se tem alguém ainda achando que o que acontece na quadra ainda é pesado e anormal, deveria, neste horário, mudar de ambiente e ir assistir alguma missa, culto, novela, ou tomar algum passe ou algo que valha.

Um comentário:

HELVIO GOMES disse...

Eu, tu, Chico, Maninho, Miguel somos figurinhas marcadas, a atitude de se pronunciar é daqueles que normalmente ficam quietos e que tem maior propriedade justamente por não se pronunciar, as vezes temos que nos recolher para o bem do grupo, não significa que outros não possam fazer a coisa correta.

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