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domingo, novembro 11, 2007

Os limites de uma falta

Interessante o que o Hélvio apresenta sobre as regras do futebol. Primeiro, que fica claro que não existe, a não ser como lenda urbana, falta não vencida no Futsal. Tanto na regra do Futebol de Campo como na do salão, jamais o time que cometeu a falta pode ou deve ser beneficiado. Logo, interromper uma jogada, onde o time que levou a falta continua clara e favoravelmente com a posse da bola, principalmente em casos de possibilidade clara de gol ou em contra-ataques, é, pela regra, erro de arbitragem. É compreensível que, na hora de um lance rápido, o juiz, no reflexo, interrompa o jogo indevidamente. Mas não deixa de ser um erro de interpretação. Num lance sem maiores consequências, até para acalmar e chamar a atenção do atleta faltante é, de bom tom, interromper sempre o lance.
Também está certo o Hélvio ao apresentar como falta, a intenção ou ameaça de se comete-la. Ou seja: se o prosseguimento de uma jogada sofre alguma alteração pela interferência da intenção ou ameaça de falta, ou ainda, pela violência ou força desproporcional da intenção, o árbitro deve observar o lance como falta e marcar seguindo o mesmo critério da vantagem acima. O lance segue a mesma regra da vantagem, e, se o caso for de punição por cartão, aplicá-lo assim que a jogada for concluída.
O que podemos exigir do árbitro é que ele, dentro da seriedade que lhe é exigida e dentro da condição humana que lhe é peculiar, seja um intérprete atento e um juiz justo do lance. Agora, o que não podemos exigir do árbitro é que ele consiga interpretar a subjetividade humana ou se torne um adivinho. Querer que ele interrompa uma jogada em que um atleta pensou ou até tentou agir para interromper uma jogada, mas que foi minimamente atrapalhada ou mesmo notada, já é pedir demais. Por este caminho, estaremos exigindo que ele, além do ponto eletrônico, carregue junto uma bola de cristal. Ou quem sabe, adaptamos a do jogo a esta necessidade. A FIFA, que já pensa em encher as bolas futuras com sensores que possam auxiliar aos árbitros em lances duvidosos, como decidir se uma bola saiu de campo ou entrou em gol, poderia dar uma incrementada e instalar um "interpretadometro" ou "intencienadometro". Do contrário, vai ser difícil exigir que os árbitros se tornem adivinhos.
Fui

3 comentários:

HELVIO GOMES disse...

Léo o dom da comunicação não é de todos e eu nem sempre tive sucesso nesse quisito, mesmo sendo muito falante, o que causa algumas incompreensões ou mal entendido. No terceiro paragrafo do teu texto fazes uma "fina ironia" quando escreve:"Querer que ele interrompa uma jogada em que um atleta pensou ou até tentou agir para interromper uma jogada, mas que foi minimamente atrapalhada ou mesmo notada" referindo-se ao lance que erradamente solicitei que fosse parada pelo critério do arbitro do jogo de que falta não tem vantagem; nesse lance ficou claro que o gol foi legal e não deveria ser parado, a regra referiu-se a isso, ou seja concordei contigo léo, não sei porque contestou, porém o erro foi no lance ocasionado no decorrer da partida, que numa falta clara, a bola continuou em nossa posse sendo tres (03) jogadores na cara do gol, ou seja beneficio ao infrator, como o Ademar não marcou porque , segundo ele, não existe vencida, houve um erro de direito, e o jogo pode ser impugnado nos tribunais desportivos facilmente, mas tranquilize-se não vou constestar judicialmente evitando constrangimentos em épocas pré-natalinas. Um abraço.

Léo J Philippsen disse...

Hélvio. Eu entendi a tua posição sobre a regra e fecho contigo. Ela está sendo mal aplicada nos nossos jogos e nas brincadeiras em geral. Quanto a ironia, peço desculpas.Creio que o texto, que pretendia generalizar os casos em que um pseudo-infrator, que não acredita que falta vencida existe e pede para parar um lance para levar vantagem, quando a falta à ser cometida só havia passado pela sua cabeça, ficou mais dirigido para o teu lance. De um lado foi falta de competência minha não deixar o texto mais claro, de outro, acho que o meu subconsciente queria te dar um cotucada mesmo. Sem ofender, claro, mas aquela cotucadinha só pra encher o saco. Por isso peço desculpas pela grosseria. Fui.

HELVIO GOMES disse...

Léo~, não me ofendi, gosto de finas ironias, não acho grosseria neste nível, eu tento fazer e nem sempre tenho competência, acho que isso também mantém ativo a discusão no blog, o que, se não é tão interessante, pelo menos é o que temos para o momento até achar outra polêmica ou outro asunto mais importante que nos faça pensar e pesquizar subsídios para não ficar para trás. um abraço e até a próxima.

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