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segunda-feira, outubro 26, 2009

Mais uma teoria - comentário

Acho que todo o esporte coletivo precisa, antes de mais nada, cooperação em quadra. Sem ela, você não coordena nada. O que determina a movimentação é a confiança que a vontade de cooperar e jogar para o time produz. O Cao, por exemplo, pode não ser um marcador, mas cria na gente a confiança do passe. O Chico pode não ser um grande passador, mas cria na gente a confiança da colaboração na marcação. O Miguel, na capacidade de finalização. Os nossos goleiros Ildo, Eduardo e Foppa, na grande capacidade de defesa. E assim por diante. É claro que podem existir dias não tão felizes.
No caso do comentário feito pelo Hélvio, a atitude de querer passar a bola precede à atitude de receber o passe. A confiança precede à exposição. Em princípio, por exemplo, não é confiável baixar a calça em qualquer lugar. Confia primeiro e baixa depois, certo?
Num time que históricamente recebe a bola e baixa a cabeça para tentar 1º a jogada individual para depois passar, que só passa quando está prestes à perdê-la ou não enxerga via de regra uma jogada fácil com o companheiro ao lado, é exigir muito que alguém esteja ao lado à espera de um passe improvável. Ao menos para alguém que queira ganhar o jogo. Existem muitos trocas de bolas simples que tornam uma jogada fácil e gostosa. "Faísca", tempo de bola e não ser fominha são pré-requisitos básicos para que elas aconteçam. Além da necessidade, agora sim, de alguém aparecer prá jogada, observação que fizestes e está correta.
Tirando fora as jogadas agudas em que o Beto se apresenta no ataque, que aliás sempre foram por mim apontadas como um dos pontos positivos dele, tirando fora o Cao que tem uma visão e um toque de bola previligiado, são ao tipo de jogadas/tabelas acima que tu estás de referindo que saem dos pés de quem tu citastes? Se for, me desculpem meus queridos amigos, mas acho que não. Carimbar por carimbar ou só querer tabelar para a frente, via de regra, produzem mais contra-ataques do que tabelas bem finalizadas. É só olhar quantas entregadas de bolas acontecem, quantos contra ataques são armados e quão poucas finalizações são produzidas neste tipo de jogada. Observe e veja quantos gols são tomados nestas pretensas tabelas. Veja as estatísticas. Não que não acredite que elas eventualmente possam acontecer de forma mais eficiente. Acho inclusive que todos têm condições e capacidade para tanto. Mas, num jogo, onde o foco é o seu resultado, as atitudes coletivas devem ser priorizadas em detrimento da vontade individual. E a vontade de correr prá frente para receber um passe improvável e fazer um gol não é a melhor forma de ajudar o time. O jogo tem que ser pensado no seu todo, na dinâmica e no resultado que a soma das atitudes que acontecem dentro da quadra podem provocar, na capacidade individual e coletiva do time, procurando descobrir qual o melhor caminho para se chegar à vitória. Com ou sem tabela.
Querendo ou não, a vitória começa pela cabeça antes de passar para pés.

3 comentários:

ALEXANDRE disse...

Estas certo Léo, mas o que proponho é que mudemos e não nos resignemos a nossa mediucridade, pois parte do presuposto do erro, e eu parto da evolução, desde que o Cao entrou no time que tivemos uma pequena evolução, porque ele não se deixou levar pela falta de habilidade dos outros e continuo passando a bola para todos, então podemos "yes, we can", o problema esta na mentalidade, se tu passa abola para mim e chega para receber, sobrou dois jogadores, onde esle ficam?, podemos evoluir, repito, basta enchergar, querer, e melhorar o passe, forçar menos, mas quando o passe esta facil faze-lo. abraço.

Helvio disse...

o comentário acima foi feito por mim Helvio é que estava na conta do Alexandre e eu não notei.

Comunicação e Mídia disse...

Certo Hélvio. No tempo do passe do Cao existe a confiança. Teu passe também melhorou, mas tua disposição coletiva também. Ou seja. Hoje eu sei que se encostar em ti existe uma grande probabilidade da bola chegar. Se não chegar, um rumo seguro ela vai tomar. E, se houver um desarme, é mais um, até pelo posicionamento, que vai se preocupar em retomar a bola. Como dá para arriscar em encostar em alguém que passa de qualque jeito ou que considera uma jogada perdida como finalizada? O incentivo vale, mas a gurizada não pode se incentivar demais e dar um bico na pedra.

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